domingo, 29 de dezembro de 2013

ainda assu recife

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http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364904724_ARQUIVO_ArtigoSimposioNacionaldeHistoriaFinal-Natal.pdf
Tabela 01 - Principais fatos relativos à Guerra dos Bárbaros nas Capitanias do Rio Grande,
Paraíba e Ceará
Data Descrição
1687
Expedição de Manoel Prado Leão, de Natal para Açu
Expedição do Terço de Manoel Soares de Abreu de Pernambuco para a região de Açu.
Estabelecimento de Arraial de Açu por Manoel Soares de Abreu.
Expedição do terço de Antônio de Albuquerque da Câmara para próximo a Açu, especificamente
para a Casa Forte do Cuó.
Antônio de Albuquerque da Câmara sai de Açu para a ribeira de Piranhas.
Fundação de uma estacada na ribeira de Piranhas por Antonio de Albuquerque Câmara.
1688
Expedição de Manoel de Abreu Soares.
Expedição do Terço de Henriques comandado pelo Mestre-de-campo Jorge Luis Soares,de
Pernambuco para Assu.
Expedição do Paulista Matias Cardoso, de São Paulo para São Francisco, em Pernambuco, no local
chamado Reimanso.
Chega a Açu Domingos Jorge Velho, vindo das Margens do São Francisco, onde estava organizando
sua tropa para a empresa da Guerra dos Palmares.
1689
Expedição da Tropa do paulista Morais Navarro composta por 23 índios e brancos, como acréscimo
para a tropa de Matias Cardoso.
Saída de Jorge Velho do Assu para montar seu quartel no Rio Piranhas.
1690
Coronel Albuquerque Câmara já havia retirado seu arraial das Piranhas, devido à reforma feita pelo
governador, que determinava a saída da infantaria paga, miliciana e Henriques do Sertão.
Permanência dos terços Jorge Velho.
Expedição de Matias Cardoso, nomeado mestre de campo e governador-geral do novo estilo de
Guerra aos Bárbaros; Partiu de São Paulo, acampou no São Francisco, depois montou quartel na
Ribeira do Jaguaribe, no Ceará.
1691
Em novembro, Matias Cardoso mudou o seu arraial do Ceará para o Açu, no Rio Grande. Os 800
homens do seu terço estavam reduzidos a menos de 200.
1692 Acordo de paz entre o Governador Geral do Brasil e os índios Janduís.
1695
Saída do Terço de Matias Cardoso do Açu.
Ordem do Governador-geral para envio de índios do Ceará para a fronteira do Jaguaribe,
desacompanhados de sua família.
Manoel de Araújo Carvalho foi nomeado para combater os índios no Sertão de Pernambuco. Foi da
Bahia para Pernambuco, instalando-se no Pajeú.
um conjunto de documentos que informam as diversas estratégias dos agentes do
Estado. Nelas foram identificados, em 1688, quatro pontos fixos no território onde estavam
instalados os quartéis ligados ao conflito da Guerra dos Bárbaros: um em Açu, sob o comando
de Manoel Soares de Abreu; outro no Ceará, em Jaguaribe, que é sempre citado, porém não é
exposto exatamente a quem pertencia; dois na ribeira de Piranhas, sendo um comandado por
Antonio de Albuquerque e o outro por Domingos Jorge Velho. Estes quartéis, ou arraiais9
,
tinham jurisdição independente, ou seja, atuavam separadamente e sob as estratégias de seu
mestre-de-campo, como segue descrito:
[...] Antonio de Albuquerque da Camara, a quem a exemplo do Paulista fiz
agora Governador de toda a gente que tiver á sua ordem, com as mesmas
preeminências, e soldo de Mestre de Campo, escrevendo a ambos, e ao
Capitão-mor Manoel de Abreu Soares, que tenham todos jurisdição
independente uns dos outros [...] mas que para o serviço de Sua Magestade
se conformem entre si segundo a ocasião, tempo, e logar o pedirem.
(D.H.B.N., V. 1: 337)
O documento evidencia que a jurisdição de cada arraial era independente, porém, que
a atuação deles estava vinculada a uma estratégia global, à medida que deveriam se unir
conforme necessidade e decisão da Coroa. Diante dessa observação, ficam entendidos quais
os arraiais existentes e como eram comandados, cabendo agora identificar onde estavam
localizados.

8
 Capitanias do Norte eram Pernambuco, Paraíba, Rio Grande e Ceará.
9
 A denominação Quartel é sinônima de Arraial, como se observa na documentação consultada.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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