BACIA DO SÃO FRANCISCO
O rio São Francisco foi descoberto em 04 de outubro de 1647 pelo capitão Garcia
D’Ávila II e o padre Antonio Pereira; esse rio recebeu seu nome em homenagem ao
missionário da Paz, Francisco de Assis.
Sua bacia é formada pelo rio São Francisco e seus afluentes, abrangente cerca
de 7,5% do território brasileiro. O rio São Francisco é de planalto, nasce na
serra da Canastra, em Minas Gerais, e atravessa os estados da Bahia,
Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Possui grande potencial hidrelétrico, e ao longo
do seu curso existem várias usinas: Três Marias (que, além de produzir energia
elétrica, controla o nível das águas), Paulo Afonso, Sobradinho e Moxotó.
É navegável num longo trecho entre Pirapora (MG), Juazeiro (BA) e Petrolina
(PE) e no seu baixo curso, situado na planície costeira. Recebe várias
denominações: rio dos currais, devido ao seu papel na criação de gado, e rio da
Unidade Nacional, porque une vários estados do Brasil. Possui um regime
Tropical.
5. A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
A idéia de desviar parte das águas do Rio São Francisco para irrigar o Sertão,
por meio de um canal que o comunicasse com o Rio Jaguaribe, no ceará, surgiu em
1858.
De ‘rio da Integração Nacional’, o São Francisco virou ‘Pomo da Discórdia’. O
motivo em um projeto [...] de retirada de parte de suas águas para tornar
permanentes os rios e açudes do semi-árido nordestino, beneficiando Paraíba,
Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará. Defendida pelo governo federal, a
transposição enfrenta oposição por parte de especialistas e políticos de Minas
Gerais, Bahia, Alagoas e Sergipe, que temem prejuízos para seus estados.
Ao longo dos anos 1980 e 1990, a transposição voltou ao debate, mas sempre
esbarrando em questões técnicas, financeiras e políticas. Em 2004 um novo
projeto foi elaborado e aprovado pelo governo federal, com um custo estimado de
R$ 4,5 bilhões.
A transposição prevê a construção de espaços de bombeamento, aquedutos, túneis
e outras obras para alimentar dois grandes eixos que atingirão os estados
beneficiados. O objetivo é retirar do rio uma vazão contínua de 26 metros
cúbicos de água por segundo, aumentando esse volume de acordo com a capacidade
do reservatório de Sobradinho. Ao longo dos eixos, as águas alimentariam rios e
açudes, impedindo-os de secar durante a estiagem. Apesar de as obras atravessam
áreas de preservação e terras indígenas, os técnicos [do governo federal]
afirmam que o projeto não terá impactos sobre elas. Para os críticos
contrários, o projeto beneficia mais as grandes cidades e empresas do que a
população dispersa no Sertão.
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