sábado, 28 de dezembro de 2013

ainda sobre as manhãs...

QUARTA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2009

ainda sobre as manhãs...

O Verde das florestas, o amarelo do ouro, do dinheiro, e vermelho, do perigo, da crise financeira. Azul do céu, do espaço que você tem... e estreitas ruas de diferentes caminhos que você tem para seguir.
Lavei a minha alma, fiquei branco como a neve;
Depois veio a luta. Pelaram meus bolsos, fiquei como uma árvore morta, sem folhas, sem poder dar sombra aos animais.
Finalmente o sol nasceu. Bebi água, amarrei meu burro na sombra. Pele queimada pelo sol da praia, sorvendo a brisa do mar, nada de poeira nem de poluição.
Quem poderia me ver nesta paisagem? Olhando para mim, eu fazendo parte da paisagem... Nesta vida me sinto obrigado a rever lentamente todas as situações contrastantes no dia a dia...
Foi-se o tempo que as pessoas viviam nas trevas. Hoje a informação paulatinamente chega a todos os lugares. Eu acordei para a vida, comecei juntando os pedaços de coisas e pessoas. Pedaços de Mim vagando com a mente, gerando confusões. Chega de viver do passado! Às vezes percebo que eu estou no meu pequeno mundo, admirando sozinho a obra da criação. Ouço tocar dentro de mim uma música suave. Canto baixinho, parece estranho. Parece que eu cheguei de uma viagem cósmica, após ter voado num objeto não identificado. Para que saturar o pensamento e se torturar com ilusões? Absolutamente temos direito a ter um sucesso e ser feliz. Não chore nem lamente as derrotar, participe dos eventos, preste atenção sempre a pequenas coisas, como a chuva fina. Ou o sol começando seu caminho no céu. É gostoso quando você pode acordar num ambiente acolhedor tendo quem cuide do seu café da manhã... minha mãe sempre me fazia ir comprar o pão e o leite porque meu pai sempre ia trabalhar..., uma tarefa diária, quieto, devagar, eu ia buscar o pão, e aproveitava para comer o bico...
Vovó sempre gostava de me contar histórias. Tinha essa forma de demonstrar o seu amor de maneira simples e ingênua. De novo reconheço que as coisas mudaram...
As plantas, especialmente aquelas cercas vivas, nas manhãs de inverno, pareciam banhadas de pingos de ouro... O orvalho refletindo o sol. A névoa do campo hoje se mistura com a poluição, uma sujeira, folhas secas caídas no quintal.
Eu tenho um coração apertado, sinto um peso nos meus ombros, como se eu tivesse rolado morro abaixo. Nevoeiros... As luzes de mercúrio apagam.
Já não se vê a chama do carvão no fogão a lenha.
Algumas pessoas mais velhas ainda vêm à vida assim, preservando o costume dos ancestrais.
Mas, esse tempo cada vez fica mais distante.
Uma dessas histórias de minha vó, sobre a Baronesa, ainda vão fazer parte de meu álbum de fotografias, que mesmo desbotadas mantenho, conservo-as agora ma Internet.
Que eu deixei como lembrança para o futuro? Talvez um trabalho excessivo, parece que são coisas inúteis. Acho bom prestigiar a família.

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