sexta-feira, 20 de março de 2015

RETIFICANDO POSSÍVEIS ANESTRAIS



Entre 1750 e 1800 o cacique de uma tribo da nação Açonãs (Os Aconãs (também conhecidos como wakonãs, naconãs, acoranes e tingui-botós) são um povo indígena que vive no município alagoano de Traipu.,
 que ocupava a região de Porto Real do Colégio,
raptou Ana Margarida de Barros, filha de um rico português
 que veio para Alagoas fugindo da seca de Sergipe.

Campo Alegre
População: 55.161 habitantes
Localização: Está localizado na região de São Miguel dos Campos, no Leste alagoano. Possui 308,058 km²  e fica a 94 quilômetros da capital.
Geografia: Município é caracterizado pela presença de Mata Atlântica. Possui clima temperado, com temperaturas entre 23°C e 33°C.
Histórico: Segundo dados históricos, em fins do Século XVIII, o cacique de uma tribo açona, habitante da região de Porto Real do Colégio, raptou Ana Margarida de Barros, filha de rico proprietário português, que atravessou o rio São Francisco, fugindo da seca que assolava Sergipe. Ana Margarida e o cacique passaram a residir em Salomé (hoje Sebastião) tendo, mais tarde, se casado em Penedo.
Dessa união, nasceu Antônio de Barros que, alguns anos depois, chegou ao local onde hoje se ergue a sede do Município de Campo Alegre. No lugar chamado Mosquito de Cima, próximo ao engenho Mosquito, situado em Mosquito de Baixo, comprou pequeno rancho de sapé e cabeças de gado. O fato é considerado como  primeiro passo para a colonização.
Segundo documentos encontrados, já em 1870, falava-se do Distrito de Mosquito, pertencendo a São Miguel dos Campos. O Cartório do Registro Civil data de 1908. Uns missionários que passaram pelo lugarejo deixaram aí uma imagem de Bom Jesus dos Aflitos, Padroeira da Cidade.
A denominação foi mudada pelo Padre Júlio de Albuquerque que, escrevendo a um amigo afirmou: “Isto aqui é “Campo Alegre”, pelo fato do povoado ter sido edificado em um Chapadão de onde se vislumbrava belo panorama.

Manoella da Rocha Sampayo
Amaro José Sampayo 
Mãe  Victoriana da Rocha Pires de Souza 


Família  Manoel Clemente da Costa Barros 
Filhos(as)    1. Mathias da Costa Barros,   Nasc. 1750,   fal. 1800, Anadia/Alagoas 
> 2. Alexandre Vieira da Costa Barros
> 3. João Zacharias da Costa Barros
> 4. Maria José da Costa Barros


 João da Rocha Pires
 1692 – 1776


A empresa açucareira nordestina, não tendo condições
 de concorrer com a nova empresa holandesa que produzia
 um açúcar de melhor qualidade e mais barato, entrou em decadência. Com isso o
 Brasil conheceu sua primeira grande crise econômica.
Supomos que a igreja matriz da paróquia de Nossa Senhora da Apresentação,

 No século XVIII fosse possivelmente portadora das divisões internas
apontadas por Johnson Júnior: altar-mor, nave e altares colaterais.
 Porém, a pobreza marcou as origens da matriz, pois segundo Cascudo,
 templo em seus primórdios não passava de uma igrejinha feita de barro socado, coberta de palha, com somente uma entrada, sem sino e nem aparato.
Cascudo ainda afirma que, 15 anos após a fundação da igreja, no ano 1614,
a mesma ainda não possuía porta. (1999).



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7Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.Nestor dos Santos Lima, escrevendo em principio do século XX, anos antes de Cascudo, também apontou uma origem simplória para igreja matriz de Nossa Senhora da Apresentação, “Do mesmo modo que as moradias do lugar, a igreja ou a Capela tinha ligeira construção de barro e diminutas proporções: era apenas um ensaio de templo”. (LIMA, 1915,p. 17).Ainda em seus estudos sobre a igreja matriz, Lima propõem uma cronologia dividida em quatro momentos para a história do prédio. O 1º período – a idade antiga – mostra a Matriz, da fundação até 1654, aproximadamente quando a destruíram os holandeses; no 2º período, de então a 1672; o 3º período, de 1672 a 1694, quando se construiu o edifício atual e o 4º período – a idade contemporânea as modificações que tem experimentado, inclusive a torre [...]. (1915, p.16). A partir de tal linha evolutiva apontada por Lima, podemos supor que, já no século XVIII a igreja matriz apresentava possivelmente as dimensões de largura e comprimento atuais. Pesquisando no Primeiro Livro de Tombo da igreja matriz da paróquia em questão, encontramos uma lista com valores que provavelmente eram cobrados dos colonos pelos serviços prestados pela Igreja. Chamamos atenção para três pontos: A) a Igreja cobrava a mesma quantia para sepultar um adulto como uma criança, dois mil, duzentos e oitenta réis, caso o enterro do inocente fosse solene. B) uma missa cantada na matriz, recebia o reverendo pároco dez mil réis e C) uma cova do arco para dentro, ou melhor, próximo do altar-mor, custava vinte mil réis, tanto para um religioso como para um secular. Os emolumentos pagos eram para o sustento do pároco e fábrica da igreja, compra de alfaias, farinha de trigo para hóstia, vinho,etc. É importante fazermos menção que tais taxas pagas pelos colonos eram reconhecidas por aqueles que verdadeiramente participavam da vida cotidiana da comunidade. No caso específico da paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, no ano de 1760, sob a visita do Reverendo padre Marcos Soares de Oliveira, os ditos moradores que reconheceram as taxas foram: Felix Barbosa Tinoco; Francisco Pinheiro Pereira entre outros. (PRIMEIRO LIVRO DE TOMBO DA IGREJA MATRIZ DE Nª Srª DA APRESENTAÇÃO, 1760).
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8Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.Como comentamos anteriormente baseado em Johnson Júnior, a ajuda mútua era uma das características mais importantes existente no espaço de uma paróquia. Sendo assim, nas terras de Nossa Senhora da Apresentação, a paróquia em si foi o derradeiro recurso buscado por uma índia pobre que atendia pelo nome de Josefa Gomes, para sepultar as suas duas filhas. A primeira foi enterrada na igreja matriz da cidade do Natal “pelo amor de Deus, porque nada levou”, a segunda foi enterrada na mesma igreja com a “ajuda de esmola”. (LIVRODE BATISMO, 1788-1802, fl. 60v, fl. 61).As esmolas concedidas à índia Josefa Gomes, para o enterro de um de seus filhos foram dadas pelos moradores e paroquianos das terras de Nossa Senhora da Apresentação, assim como o enterramento do primeiro filho sem pagamento de nenhuma taxa, foi uma permissão do vigário, para que o pequeno inocente tivesse sua última morada em solo sagrado. Tais atitudes, servem também para demonstrar o todo coeso que era a paróquia,   de vista religioso. No que é relativo às atitudes festivas, as Irmandades e Confrarias tinham responsabilidades com datas especificas dos seus santos de devoção dentro da paróquia. Na Jurisdição eclesiástica de Nossa Senhora da Apresentação, temos conhecimento que existiram três organizações chaves. A --------------------------------------------------------------------------------
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9Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.Cascudo discute que no Reino de Portugal as paróquias faziam referência a “territórios povoados, dispersa ou aglomeradamente, tendo assistência sacramental de uma mesma casa de orações, Capela ou Igreja”,
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10Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.Sob a ótica da pesquisadora Denise Mattos Monteiro,
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11Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.Senhora Apresentação na capela do [rio] Jundiaí [...]”. (LIVRO DE CASAMENTO, 1785-1790, fl. 11). capelas estavam onde os colonos estavam, pois a função das mesmas era prestar uma assistência religiosa aos colonos que viviam distantes do maior centro populacional,onde estava localizado a igreja matriz de Nossa Senhora da Apresentação, Natal. As capelas, representavam tanto aspectos espirituais, como materiais da vida dos colonos pois, conforme Cascudo:[...] era afirmação de fé e denunciava o desenvolvimento econômico local, a densidade demográfica em ritmo crescente, o número apreciável de almas em “estado de comunhão”, uma certa massa residencial fixando cristãos, vivendo em tarefas regulares, em condição de receber os sacramentos, matrimônio para os moços,batizado para as crianças, extrema unção para os velhos.( 1992, p. 10-11).Ainda nas palavras do mesmo historiador, as igrejas rurais, representavam algo mais que simplesmente desenvolvimento econômico da região e seu crescimento populacional. A Capela declarava a presença da vida social organizada sobre bases estáveis,concordância do esforço com a produção asseguradora da existência familiar, o grupo vicinal capaz de prestar mutua proteção e auxilio, sistema de caminhos articulando as propriedades esparsas ao centro mais povoado, facilitando transito e escoamento das safras, costumes cristãos, unificadores e solitários com a figura simples da Capelinha, pastoreando o rebanho imóvel, reunido à voz lenta do pequenino sino emocional.(CASCUDO, 1992, p. 10-11). Sabemos que Nossa Senhora da Apresentação era a santa padroeira de toda a paróquia,no entanto, cada capela anexa representava uma extensão da igreja matriz e sobretudo do catolicismo romano na periferia do espaço. Tais capelas apresentavam certa independência, que era proporcionada pelos seus freqüentadores que contribuíam para sua manutenção. Era messes os ditos paroquianos, que se aproximavam, se reuniam pelo sentimento que estava diretamente relacionado com o santo de devoção dos colonos para quem a mesma foi erguida.O quadro abaixo tem a função de indicar, com mais clareza os santos protetores década capela e suas devidas localizações.
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12Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.QUADRO em
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13Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.homenagem a Coroa. (DEL PRIORE, 2000). Tais festas que ocorriam em momentos diferentes do ano, além de representarem um elo de ligação na própria igreja rural, ainda poderia atrair pessoas de outras ribeiras ou mesmo paróquias, principalmente os   para que pudessem encontrar suas futuras companheiras, buscando evitar os casamentos co-sanguíneos em seus lugares de origem. (JOHNSON JÚNIOR, 1985). Sendo assim, geralmente o noivo era estrangeiro à paróquia de sua noiva, como podemos observar no caso a seguir, Aos vinte e cinco de setembro de mil setecentos e trinta anos na capela de Nossa Senhora da Solidade da Aldeia Velha desta freguesia de Nossa Senhora da Apresentação do Rio Grande do Norte feitas as denuciaçoes nesta Matris; e na Missão do Guajirû apresentados pelo contraente banhos corridos na Villa do Recife Seu natural, na freguesia do Assû, onde foi morador, Sem Se descobrir impedimento em presença do Reverendo Padre Mestre João de Mello Superior ___ Missão do Guajirû de Licença do Revendo coadjutor o Licenciado João Gomes Freyre que fazia as vezes do Pároco em minha ausência, Sendo presentes por testemunhas o Capitão Teodocio da Rocha viúvo, o Capitão Bonifacio da Rocha Vieira ________ Gomes Freyre mulher do dito e Damasia Gomes da Camera mulher do Coronel Teodosio Freyre de Amorim pessoas todas conhecidas, e moradores desta freguesia Se casarão em face da Igreja solenemente por palavras Felix Correa da Rocha natural da Villa do Recife, filho legitimo de Felix Correa Morera jâ defunto, e de sua mulher Maria da Rocha e Rosa Dias Perera natural da Villa do Ceará Grande filha Legitima digo, filha natural do Coronel Dionisio Perera, e de May incognata vinda do seu natural menina e assistente em casa de Maria Gomes Freyre Dona viúva do Coronel Antonio Dias Perera, moradores todos nesta freguesia e logo Receberão as bençãos tudo na formado Sagrado concilio Tridentino. E por Se acha o dito Reverendo Coadjutor presente por sua noticia mandei fazer este assento em que por verdade assinei. Manuel Correa Gomes / Vigário. (LIVRO DE CASAMENTO, 1727-1740, fl. 10v). Com os matrimônios, alguns colonos se fixavam nas terras onde estava localizada acapela onde foram realizadas suas uniões, na qual talvez o seu cônjuge fosse devoto do santo da capela. A partir disso, com o desdobrar de duas ou três gerações era provável que alguns daquela família tivessem gestado um sentimento de identidade com aquela igreja local, pois,foi naquele pequeno espaço do sagrado, onde seus pais, irmãos e até mesmo eles se casaram,local este onde apadrinharam os filhos de escravos, filhos naturais, crianças expostas, onde batizaram seus rebentos e por último sepultaram os seus mortos.Para Stuart Hall, o sentimento de pertencimento possibilitava que o individuo estivesse cada vez mais ligado ao espaço em que vivia . Ainda, segundo o mesmo pensador, “[...] a
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14Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.identidade é realmente algo formado, ao longo do tempo, através dos processos inconscientes,e não algo inato, existente na consciência no momento do nascimento”.(1997, p. 42). Lembramos, que o fio condutor de nossas inferências sobre uma possível sentimento de pertencimento dos colonos da paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, com suas capelas e com suas ribeiras, foram os textos escritos pelos padres nos Assentos de batismo,casamento e óbito, na qual os vigários “identificavam” suas “ovelhas” com suas igrejas rurais e com as terras que eram banhadas pelos respectivos rios, partindo do raciocínio, de Adalberto Marson que considera que o documento “não é espelho da realidade, mas essencialmente representação do real, de momentos particulares da realidade; sua existência é dada no âmbito de uma prática determinada [...]”. (s/d, p.53).Por outro lado, Caio Prado Júnior apontou elementos que justificaram a predileção dos colonos pelas regiões próximas aos rios, tais como: “maior fertilidade das terras, abundancia de água e facilidade para obtenção do peixe [...]”. (1969, p.106). A fixação de vários anos de determinados colonos nas terras bem próximas aos rios, o que compunham as ribeiras, possibilitaram uma certa identidade com aquele espaço, pelos motivos apontados por Prado Júnior, pois eram lugar onde os vassalos do rei de Portugal, podiam plantar suas roças, criar e espalhar o gado, já que havia abundância de água. Dessa forma, podemos observar em um determinado assento de casamento, como o padre Antônio de Araújo e Sousa, identificou os colonos com suas ribeiras. Aos nove de Fevereiro de mil setecentos e cincoenta e sete na capela de Nossa Senhora do O Dos da ribeira do Papari desta freguesia de Nossa Senhora da Apresentação do Rio grande, [...] Se casaram Solenemente em face de Igreja por palavras de presente Joseph Mateus, filho natural de Feliciana, com Jacinta Martins  , filha natural de Pedro Martins Bayam, e de Margarida de Oliveyra, ambos naturais, e moradores nesta freguesia de Nossa Senhora da Apresentação [...]. (LIVRO DE CASAMENTO, 1752-1760, fl. 29v).A identificação da ribeira realizada pelo padre que fez o matrimônio de Joseph Mateus e Jacinta Martins de Oliveira, estava primeiro relacionada a uma necessidade de se saber onde moravam os colonos da paróquias e, por fim corrobora com o raciocínio de Prado Júnior, que os vassalos do Rei de Portugal na América buscavam as ribeiras para viver.
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15Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.Vejamos como uma parcela da comunidade da paróquia estava espalhada e fixada nas terras banhadas pelos rios Caetana exposta em casa de Florência solteira moradora em o Sítio de Santo Antonio do Putigy foi exposto de madrugada as cinco para as seis horas da manha do dia trinta digo três de setembro de mil setecentos e oitenta e oito Sem escrito foi batizada sob Conditione na Capela da Senhora Santa Anna do ferreiro Torto Com os Santos Óleos aos quinse do dito mês, e ano forão padrinhos Lino da Cunha Marques solteiro natural desta Freguesia e não se Continha mais em dito assento de que mandei fazer este em que por verdade me assino. Pataleão da Costa de Arº / Vigrº do Rio grande.(LIVRODE BATISMO, 1786-1795, fl. 23). Tomando a situação de abandono de Caetana como um contexto amplo, podemos visualizar no Assento de batismo que Florencia mulher solteira morava no Sítio de Santo Antônio do Potengi. Sítio este que estava localizado na ribeira de São Gonçalo, terras e águas que provavelmente fornecia o sustento da comunidade. Comunidade que junta dava aos lugares o sentido de ser paróquia. 1.3. O SENTIDO DE SER PARÓQUIA Retomando o raciocínio do historiador Harold B. Johnson Júnior, que apresentamos no inicio deste texto, frisamos que o povo na figura dos colonos foi um elemento   dar ao espaço o sentido de ser paróquia. Não só por que mantinham a igreja matriz, suas capelas anexas e se organizarem em Confrarias e Irmandades. Mas sobretudo por que participavam efetivamente dos problemas de assistência religiosa e praticavam o espírito  .1.3.1. O mundo da participação  Ser um católico praticante já demonstrava a participação dos colonos no universo do espaço de assistência religiosa. Os mesmos provavelmente em sua maioria, eram ativos nas atividades da paróquia, no que diz respeito à manutenção de suas capelas, participação das
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16Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.missas e festas religiosas, como também praticando a solidariedade como sinônimo de misericórdia e caridade.Na segunda metade do século XVIII, após a fragmentação do espaço da paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, que resultou com a instalação das paróquias de Estremoz Arez, São José do Rio Grande, Vila Flor e Portalegre (LOPES, 2005), os colonos, e possivelmente paroquianos da jurisdição eclesiástica em questão, que moravam nas terras de além Rio Grande ou Rio Maré, apresentaram um requerimento ao clero secular com o objetivo de desmembrar as capelas daquela região da igreja matriz de Nossa Senhora da Apresentação. (PRIMEIRO LIVRO DE TOMBO DA IGREJA MATRIZ DE Nª Srª DA APRESENTAÇÃO, 1762).Devemos considerar que naquele ano de 1762, os vassalos do Rei de Portugal,demonstraram primeiro a necessidade de serem católicos praticantes de sua fé, em segundo gostariam de ver valer os direitos paroquiais que existiam sobre eles. Os colonos reclamavam da imensa dificuldade que tinham em cruzarem o Rio Grande, para ouvirem as missas ou mesmo se confessarem. Lembrando que tal dificuldade não apenas dos colonos, mas o próprio vigário também tinha problemas em administrar os sacramentos aos moradores daquele espaço da paróquia por ter que atravessar o mesmo rio. (PRIMEIRO LIVRO DE TOMBODA IGREJA MATRIZ DE Nª Srª DA APRESENTAÇÃO, 1762). Naquela situação, os homens e mulheres livres que moravam na discutida região da paróquia ficaram sem assistência religiosa, por parte da igreja matriz da cidade do Natal. Nem os colonos chegavam a igreja de Nossa Senhora da Apresentação, nem muito menos o sacerdote chegava aos vassalos do Rei, frisando que o vigário da matriz de Natal tinha os direitos paroquiais sobre as capelas de além Rio Grande.No entanto, a necessidade de uma assistência espiritual católica, diante dos problemas cruzar o Rio Grande, forçou os paroquianos de Nossa Senhora da Apresentação a buscarem a atenção cristã do pároco da Nova Vila de Estremoz e antiga Missão do Guajirú. Sobretudo por que, “[...] quem melhor os pode Paroquial, por não haver entre eles Rios, que passar, e,com efeito, a maior parte deles moradores vão ouvir missa, e confessar-se a dita Matriz da Vila de Extremoz, para lhes ficar mais conveniente”. (PRIMEIRO LIVRO DE TOMBO DA IGREJA MATRIZ DE Nª Srª DA APRESENTAÇÃO, 1762, fl. 44).
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17Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.Mediante a necessidade dos colonos serem paróquia de fato, não em tese, de terem uma vida católica ativa, é que os colonos se representaram diante da Igreja, que em um primeiro momento decide pelos colonos, afirmando que desmembrássemos aos ditos moradores da banda de além do Rio da sua Matriz antiga da cidade do Natal, e os anexássemos para paroquianos da dita vigararia da vila de Extremoz, para que o dito vigário e seus coadjutores fossem seus párocos próprios, e lhes administrassem os sacramentos, como a seus fregueses. E ouvindo-nos seu requerimento, como faz bem ou vindo aos ditos párocos do Rio Grande, de Extremoz ,e ao nosso visitador, e outras informações que tomamos, e sobre tudo estarmos muito lembrados, que o imediato defunto vigário da Cidade do Natal, Manoel  , três ou quatro anos antes do seu falecimento, nos requereu que nós criássemos em curato aqueles moradores, pela grande dificuldade, que tinha em os paroquiais pela passagem do dito Rio Grande. Por cujas razões desejando-nos que as nossas ovelhas sejam assistidas com o parto espiritual de suas almas com a possível prontidão, e facilidade pelos seus respectivos párocos e concordarem todas as informações da felicidade desta divisão ou desmembração em grande beneficio dos ditos moradores.(PRIMEIRO LIVRO DE TOMBO DA IGREJA MATRIZ DE Nª Srª DA APRESENTAÇÃO, 1762, fl. 44v-45).O clero secular tinha consciência que era mais conveniente para os colonos   membros oficiais da paróquia de Estremoz. Porém, reconhece com toda clareza que aquela outra fragmentação do território da paróquia de Nossa Senhora da Apresentação,prejudicava os interesses do vigário da cidade do Natal. Dessa maneira encerra a questão,[...] assim deferindo a seu Requerimento havemos para desmembrados os ditos moradores da banda de além do Rio Grande da Maré da sua antiga paróquia e Matriz da cidade do Natal, e os adjudicamos a paróquia, e vigararia da vila de Extremozs, de cujos vigários, ficam sendo fregueses; para serem por eles paroquiados, e administrados todo o parto espiritual, de que carecerem. E os ditos vigários ficam sendo seus próprios Párocos para os apresentarem como os seus fregueses,   deles os emolumentos e direitos paroquiais, com que até agora costumam corresponder aos seus vigários da Cidade, em que não se altera coisa alguma. E agora para que assim se aceite esta nossa divisão, desmembração e determinação: ordenamos aos Reverendos Párocos e Vigários, assim da cidade como da Vila de Extremoz, que depois desta portaria registrada, sendo-lhes apresentada em sua exclusão, seja publicada e lida em ambas as paróquias e trasladada no livro [...]. (PRIMEIROLIVRO DE TOMBO DA IGREJA MATRIZ DE Nª Srª DA APRESENTAÇÃO,1762, fl. 44v).Quando anteriormente comentamos que em um primeiro momento, a Igreja decidiu pelos colonos das terras de além Rio Grande, foi por que no ano de 1765, três anos após a
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18Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.decisão de atrelarem os ditos colonos a igreja matriz da vila de Estremoz, o senhor Visitador da Sé de Olinda, reintegrou todas as capelas e seus paroquianos ao rebanho de Nossa Senhora da Apresentação. Desde que o vigário da cidade do Natal se responsabilizasse, em por um padre permanente na capela de São Gonçalo, para a assistência espiritual. (PRIMEIROLIVRO DE TOMBO DA IGREJA MATRIZ DE Nª Srª DA APRESENTAÇÃO, 1762).Com isso, mais uma vez o clero secular redimensionou as terras de além Rio Grande.Ressaltamos, que a atitude de desligar as capelas daquela região da paróquia da igreja matriz da cidade do Natal, partiu dos próprios colonos. Porém, a reunião das mesmas capelas e de seu povo, para a administração da matriz já citada, foi conseqüência de um requerimento,[...] que lhe havia feito o Reverendo Padre Pantaleão da Costa de Araújo, Vigário da freguesia de Nossa Senhora da Apresentação do Rio Grande na Reunião que pretendia do povo de São Gonçalo, Ribeira do Potengi, Rodrigo Moleiro, Aldeia Velha para sua Matriz, e atendendo ao que por mim foi proposto com verdade, e em beneficio da Matriz da Cidade do Rio Grande e suas confrarias; houve por bem ordenar-me que pondo o dito Reverendo Vigário administrador dos sacramentos na Capela de São Gonçalo, afim de executar por ser minha essa diligencia e nesta conformidade, hei por bem de reunir a Matriz de Nossa Senhora da Apresentação do Rio Grande, o povo deSão Gonçalo, Ribeira do Potengi, Rodrigo Moleiro, Aldeia Velha e Redinha, ficando opovo da Ribeira do Ceará Mirim, unido a freguesia da Vila de Extremos na mesma forma, que até o presente estava servindo de divisão para uma e outra freguesia a Lagoa do Guajiru, de sorte que todos os moradores, que se acharem da dita Lagoa para a parte do Norte, e Vila de Extremoz por ela e pelo Rio Ceará Mirim acima lhe confinar com as estremas da freguesia do Assu, ou por ela e o dito rio abaixo lhe sair ao Mar ficam sendo freguesias da sobredita vila. E os que ficarem pela parte do sul e cidade do Rio Grande pela lagoa abaixo lhe sair ao mar ou por ele e Rio Potengi, acima lhe os confins da mesma freguesia, ficam sendo fregueses da Matriz da Cidade do Rio Grande, e mando ao Reverendo Padre Pantaleão da Costa de Araújo, vigário da freguesia de Nossa Senhora da Apresentação do Rio Grande que ponha Sacerdote administrador dos Sacramentos na Capela de São Gonçalo do Potengi para com [...]aludir aos ditos seus fregueses novamente Reunidos a sua Matriz e evita-lhes o detrimento que poderá lhes causar a passagem do Rio Grande para procurarem ao Pároco nas suas necessidades espirituais, e o uso se, como as capela de São Gonçalo,Santo Antônio e Nossa Senhora da Soledade ficam sendo filiais da sua Matriz.(PRIMEIRO LIVRO DE TOMBO DA IGREJA MATRIZ DE Nª Srª DAAPRESENTAÇÃO, 1765, fl. 52v-53v).É importante que fique claro que a Igreja neste segundo momento, decidiu pela própria Igreja. Provavelmente o vigário da paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, o padre
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19Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.Pantaleão da Costa de Araújo, deve ter percebido e sentido a falta que os dízimos   das ovelhas da região de além Rio Grande fazia nos direitos paroquiais.No entanto, o sentido de ser paróquia não estava simplesmente nestas ações amplamente coletivas dos colonos de caráter estrutural. Mas também, em ações individuais geradas pelo sentimento ou pela obrigação de ser cristão, que algumas vezes podia ser direcionada para alguém, porém em muitos momentos tocava a coletividade, tecendo uma espécie de teias de caridade.1.3.2. O mundo da caridadeO espaço de uma paróquia era o lugar da ajuda mútua, como pensou Harold B.Johnson Júnior. Principalmente no momento da morte, situação que muitas vezes possibilitou que os colonos se reunissem em Irmandades e Confrarias, claro que os tais grupos tinham outros compromissos, mas o bem morrer e o sepultamento digno dos membros   católicas eram um consenso.Porém, conseguimos detectar nas várias atitudes do coletivo, na forma de solidariedade, se materializando em atos de caridade. Os atos encontrados foram: o sepultamento de crianças com ajuda de esmolas; o sepultamento de crianças expostas,anônimas ou não.Primeiro queremos discutir os casos das colonas, Joana de Tal; Escolástica Maria;Antonia de Tal; todas elas mulheres solteiras. Joanna sepultou o seu filho batizado com o nome de José, que tinha apenas dois dias de vida com ajuda de esmolas dadas pelos moradores da paróquia. Tal ação de solidariedade, movido pelo sentimento de caridade para com o pequeno José, se repetiu em função do enterro dos pequenos corpos de Joaquim e Pedro, nascidos das mulheres citadas respectivamente. (LIVRO DE ÓBITO, 1788-1802, fl.31,47v, 58).A localização especifica dos sepultamentos de crianças no espaço do sagrado, não Fo ialgo comum nos documentos setecentistas da paróquia. No entanto, o caso de Joaquim é de extrema importância, pois revela o sentido de ser paróquia, já que o recém-nascido foi
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20Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.sepultado no corredor da igreja matriz, ou melhor, na nave, espaço da igreja que provavelmente era mantido pelos colonos, os mesmos que concederam as esmolas.Também com ajuda de esmolas foram enterrados, Manoel com 12 dias de vida, Maria com cinco anos de idade, Pedro também com apenas 12 dias de vida, Damiana com dois dias de nascida, Cosme com um ano de idade, Antonia com seis dias de vida e por último uma outra pequena Maria, com seis meses de nascida. Todos eram filhos de mulheres declaradas solteiras. (LIVRO DE ÓBITO, 1788-1802, fl. 50v, 56v, 58, 61, 61v). Os recém-nascidos expostos no espaço da paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, também foram alvo da caridade dos colonos. Não só por que houve um recolhimento dos pequenos abandonados, mas pelo encaminhamento dos mesmos até a pia batismal mais próxima, isso quando o sacramento não era administrado em casa, já que era uma necessidade primordial em uma sociedade católica.No entanto, nem todos os recém-nascidos que eram enjeitados na paróquia tiveram muitos anos de vida. Quando morriam com poucos dias ou meses de nascidos, era a solidariedade em forma de caridade daqueles que um dia os havia recolhido, que os enterravam. Na maioria das vezes, os expostos recebiam nomes cristãos, porém encontramos situações de pequeninos abandonados, que faleceram muito cedo sem ter recebido a graça de um nome. Podemos destacar as situações dos seguintes expostos: João e Manoel. Os ditos faleceram com nove e dois dias de vida, respectivamente. João exposto não respirou   dias, o recém-nascido tinha sido abandonado em um domicílio que ficava próximo   rio, em casa de uma viúva que atendia pelo nome de Teresa Josefa de Jesus, que enterro una capela de São Gonçalo aos 25 de abriu de 1802. Possivelmente a dita viúva deve ter arcado com todas as despesas do sepultamento, uma última caridade.O pobre Manoel, após ter nascido e sido abandonado na porta da casa do colono José da Costa de Veras, não viveu mais que 48 horas. Provavelmente o batizado do exposto foi encaminhado pelo dito colono. Porém, no dia 16 de janeiro de 1803, o enjeitado Manoel foi enterrado também na capela de São Gonçalo, provavelmente os gastos do sepultamento foram pagos por José da Costa de Veras. (LIVROS DE ÓBITO, 1795-1802, fl. 20v, 24v).Apesar da inexistência de uma Irmandade da Misericórdia, de uma Santa Casa ou mesmo de uma Roda dos expostos, o sentimento de solidariedade cristã se materializou nas ações caritativas de Antonio da Câmara, Jerônimo Teixeira. Todos estes colonos receberam
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21Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.expostos em seus domicílios, mas podemos inferir que eram criaturas tão frágeis que sobreviveram pouquíssimos dias, ao ponto de nem receberem um nome. Ficando apenas os emolumentos dos sepultamentos para serem pagos por Antonio e Jerônimo. Conseqüência da responsabilidade de cada cristão. (LIVROS DE ÓBITO, 1767, fl. 1v, 4).Como podemos observar, o sentimento de solidariedade construiu o sentido de ser paróquia. Isso pode ser analisado mais precisamente de uma maneira individual,   de Dona Catharina Peralta Rangel, que era natural da Capitania de Pernambuco, paroquiana de Nossa Senhora da Apresentação e viúva de Antonio Martins Prassa. (LIVRODE TESTAMENTO, 1767-1792, fl. 4-8v). Salientamos, que o dito seu marido recebeu uma exposta em sua casa, na ribeira  , sendo encontrada na parte de trás do domicilio na data de 13 de abril de 1764 pela senhora Catharina Peralta Rangel. A enjeitada foi levada até a pia batismal da igreja matriz de Nossa Senhora da Apresentação no dia 24 do mesmo mês e ano de seu abandono, sendo batizada como o nome de Lina. Foram seus padrinhos e respectivamente pais espirituais, Antonio Martins, homem solteiro, filho de Antônio Martins Prassa, e Dona Catharina Peralta Rangel. (LIVRO DE BATISMO, 1763-1765, fl.11). Agora algo deve ser esclarecido, o padrinho de Lina, que estava plenamente envolvido no ato de solidariedade e caridade em favor da exposta, não era filho de Dona Catharina, poisa mesma revela em seu testamento não ter tido filhos nem no primeiro, nem no segundo casamento que foi com Antonio Martins Prassa. Porém, mesmo com as atitudes de solidariedade e caridade de Antônio Martins Prassa em recolher a pequena vida abandonada e Dona Catharina junto com seu enteado em apadrinhar a enjeitada, não foi um esforço suficiente para salvá-la da morte. Lina provavelmente deve ter chegado ao dito domicilio com a saúde muito debilitada, já que apequena morreu com pouco mais de 15 dias de vida. Ela foi sepultada na mesma igreja que foi batizada, com uma mortalha de tafetá azul. (LIVRO DE ÓBITO, 1762-1765, fl. 11).Mais uma vez a ajuda mútua se repetiu na paróquia, pois provavelmente o batizado e posteriormente o sepultamento da exposta, foi pago por uma das três pessoas presentes naquele processo de solidariedade e caridade.Consideramos que tais ações de solidariedade e caridade no espaço da paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, era sobretudo uma verdadeira necessidade, sendo tais atos responsáveis pela construção da paróquia, como um território cristão. Daí os moradores do
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22Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.lugar concederem esmolas para o sepultamento dos filhos das mulheres solteiras, recolherem e sepultarem os recém-nascidos abandonados.Por fim, a participação dos colonos na necessidade de serem assistidos pelo Clero secular, dava o sentido de serem paróquia. Como também, as suas primárias identidades como conjunto de capelas, que eram verdadeiros braços da igreja matriz, na qual por vezes os assistia e os enquadrava em um mundo amplamente normatizado. Em suma, podemos observa que os territórios são construções das ações humanas, inclusive as paróquias que se configuram a partir do momento em que os colonos criaram uma igreja matriz e se estabeleceram nas muitas ribeiras onde foram construídas as capelas anexas. Frisando que atitudes dos colonos em participarem dos problemas da paróquia, praticarem ajuda   sentido a existência do território paroquial.
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23Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.FONTES Manuscritos:A - ARQUIVO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDEDO NORTE.1 - LIVROS de batismos da paróquia de Nossa Senhora da Apresentação / capitania do Rio Grande do Norte.LIVRO: 1753 – 1755.LIVRO: 1755 – 1757.LIVRO: 1760 – 1761.LIVRO: 1761 – 1763.LIVRO: 1763 – 1765.LIVRO: 1765 – 1766.LIVRO: 1768 – 1770.LIVRO: 1770 – 1777.LIVRO: 1786 – 1795. 2 - LIVROS de casamentos da paróquia de Nossa Senhora da Apresentação / capitania do Rio Grande do Norte.LIVRO: 1727 – 1740.LIVRO: 1740 – 1752.LIVRO: 1752 – 1760.LIVRO: 1761 – 1769.LIVRO: 1769 – 1782.3 - LIVROS de óbitos da paróquia de Nossa Senhora da Apresentação / capitania do Rio Grande do Norte.
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24Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.LIVRO: 1760 – 1765.LIVRO: 1762 – 1765.LIVRO: 1767.LIVRO: 1768.LIVRO: 1780 – 1784.LIVRO: 1784 – 1791.LIVRO: 1788 – 1802.LIVRO: 1792 – 1793.LIVRO: 1795 – 1802.4 - LIVROS testamentos da paróquia de Nossa Senhora da Apresentação / capitania do Rio Grande do Norte.? TESTAMENTO DE DONA CATHARINA PERALTA RANGEL (1775)B - ACERVO DA IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃODA CIDADE DO NATAL1 - PRIMEIRO LIVRO DE TOMBO da igreja matriz da paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, 1725-1890 / capitania do Rio Grande do Norte.REFERÊNCIASBLUTEAU, D. Raphael. Vocabulário português e latino. Coimbra, 1712-1728.(WWW.ieb.usp.br)CASCUDO, Luis da Câmara. História do Rio Grande do Norte. Natal: Fundação José Augusto, Rio de Janeiro: Achiamé, [s.d].
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25Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.__________. Paróquias do Rio Grande do Norte. Mossoró: Fundação Vingt-un Rosado,1992. __________. História da cidade do Natal. 3.ed. Natal: IHGRN, 1999. DEL PRIORE, Mary. Festas e utopias no Brasil Colonial. São Paulo: Brasiliense, 2000. FILHO, Olavo de Medeiros. Terra natalense. Natal: Fundação José Augusto, 1991. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP & A, 1997.HOORNAERT, Eduardo. A História da Igreja no Brasil: 1550-1800. 3.ed. São Paulo:Brasiliense, 1994. (Coleção Tudo é História, n. 45) JOHNSON JÚNIOR, Harold B. Para um modelo estrutural da freguesia portuguesa do século XVIII. (Conferência dada na Universidade Nova de Lisboa em 11 de novembro de1985 / http/people.virginia.edu/~hbj8h/modelo.pdf) LACOMBE, Américo Jacobina. A Igreja no Brasil colonial. In: História Geral da CivilizaçãoBrasileira: a época colonial – Administração, Economia, Sociedade. 11.ed. Rio de Janeiro:Bertrand Brasil, 2004. p. 51-76. LIMA, Nestor dos Santos. A Matriz de Natal. Natal: Atelier Typographico M. Victorino e C.,1915. LOPES, Fátima Martins. Em nome da liberdade: as vilas de índios do Rio Grande do Nortesob o diretório Pombalino no século XVIII. Recife, 2005. (Tese de Doutorado em História /UFPE)LYRA, A. Tavares de. História do Rio Grande do Norte. 3.ed. Natal: IHGRN, 1998. MARQUES, Euríola Belízia Fernandes. A Irmandade do Santíssimo Sacramento e seu papel na sociedade do Rio Grande do Norte. Natal, 2000. (Primeira parte, Dissertação apresentada à UFBA) MARSON, Adalberto. Reflexões sobre o procedimento histórico. In: Repensando a História.2.ed. Rio de Janeiro: Marco Zero, s/d.
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26Rev. Espacialidades [online ]. 2010, vol. 3, n. 2.MONTEIRO, Denise Mattos. Introdução à história do Rio Grande do Norte. Natal:EDUFRN, 2000. MOTT, Luiz. Cotidiano e vivência religiosa: entre a capela e o calundu. In: História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 155-220. NETO, Manoel do Rêgo Barros. O Remir. Natal: Não publicado – Arquivo da Irmandade do Santíssimo Sacramento. NEVES, Guilherme Pereira das. Administração eclesiástica. In: Dicionário da História da Colonização Portuguesa no Brasil. Lisboa: Verbo, 1994. p. 22-24. PRADO JÚNIOR, Caio. Evolução política do Brasil e outros estudos. 6.ed. São Paulo:Brasiliense, 1969. ROOSEL – WOOD, A. J. R. Fidalgos e filantropos: a Santa Casa de Misericordia da Bahia,1550 – 1775. Tradução: Sérgio Duarte. Brasília: UNB, 1981.SCHÜLER, Arnaldo. Dicionário Enciclopédico de Teologia. Canoas: ULBRA, 2002. VEIGA, Eugênio da Andrade. Os párocos no Brasil no período colonial: 1500 – 1822.Salvador, 1997. (Tese para doutoramento na Faculdade de Direito Canônico da Pontifícia Universidade Gregoriana).WEHLING, Arno, WEHLING,
e de 10 de março de 1830 a 22 de fevereiro de 1832

ANTONIO DA ROCHA BEZERRA – 1ª VEZ -
20 de agosto de 1825 a 21 de fevereiro de 1826 .
 Era membro do Conselho da Província
Foi presidente da província do Rio Grande do Norte
Comment>16/02/1652 –
Name>
  Antonia de Freitas Nogueira

Cidades do Sertão do São Francisco

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: PROBLEMAS DA HISTÓRIA DE PERNAMBUCO
PROF.: SEVERINO VICENTE DA SILVA

ALUNOS: MARILENE GALDINO
RUI OLIVEIRA BARBOSA















SEMINÁRIO: O SERTÃO DE SÃO FRANCISCO








Recife, 17 de junho de 2008.

SUMÁRIO:

1. Introdução..............................................................................................03
2. O Sertão do Estado................................................................................03
3. Formas de Povoamento do Sertão.........................................................04
4. Bacia do São Francisco.........................................................................05
5. A Transposição do Rio São Francisco..................................................05
6. Belém do São Francisco – sua origem..................................................06
6.1 Fazenda Canabrava..............................................................................06
6.2 Fazenda Belém.....................................................................................06
6.3 Cidade...................................................................................................07
7. Petrolina..................................................................................................08
8. Dados relacionados à educação nos municípios da região...........................................................................................................09
9. Barragem de Itaparica.............................................................................12
10. CESVASF: Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco – Breve Histórico...........................................................................................15
11. Referências Bibliográficas....................................................................16















1. INTRODUÇÃO

Nosso trabalho se propõe a apresentar questões a respeito da região do Submédio do São Francisco, contudo mais particularmente centramo-nos na região do Vale do São Francisco. Temos a consciência que não conseguimos abranger todas as cidades, e mesmo aquelas que foram citadas neste estudo, tiveram um enfoque bem rápido e pontual. Entretanto gostaríamos de informar que a nossa preocupação não estava num levantamento de dados a respeito dessas cidades, mas evidenciar temáticas que acabam se inserindo na maioria delas, como as formas de povoamento, informações sobre agricultura e pecuária, algumas implicações da construção da barragem de Itaparica, entre outras.

2. 34.


7. PETROLINA

O frei capuchinho italiano, Henrique, realizava missões pelo caminho das águas pelas povoações ribeirinhas; também em ilhas banhadas pelo rio São Francisco, e nos trechos que hoje correspondem aos municípios de Santa Maria da Boa vista e Petrolina. Em medos do século, o mesmo frei fez o pedido da construção de uma capela ao vigário de Coripós, o que hoje é Santa Maria da Boa Vista. A construção foi dada início em 1858 na pequena povoação de Passagem, localizada na margem esquerda do Rio São Francisco; no local havia uma área coberta de rocha, que posteriormente foi utilizada na construção da Igreja Catedral de Petrolina. Na área também conhecida por “Pedra Grande”, fica a atual praça do Centenário, considerada marco zero da cidade.
Recebeu o nome de Petrolina em homenagem ao Imperador Dom Pedro II.

Periodização Histórica – de povoação à cidade

1858
POVOAÇÃO “PASSAGEM DE JUAZEIRO”
1862
FREGUESIA “PASSAGEM DE JUAZEIRO”
1870
VILA DE PETROLINA
1879
COMARCA DE PETROLINA
1893
AUTONOMIA MUNICIPAL


8. DADOS RELACIONADOS À EDUCAÇÃO NOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO

CABROBÓ:
População: 28.851 hab. – Área da Unidade Territorial: 1.658 km².
Ensino – Matrículas, Docentes e Rede Escolar/ 2006.
Total Matrículas do Ensino Fundamental
6.623 estudantes
Matrículas na Escola Pública Estadual
2.069 estudantes
Matrículas Escola Pública Federal
0
Matrículas Escola Pública Municipal
4.114 estudantes
Matrículas na Escola Privada
440 estudantes
Total Matrículas do Ensino Médio
1.962 estudantes
Matrículas na Rede Pública Estadual
1.850 estudantes
Matrículas na Rede Privada
112 estudantes
Nº de Docentes no Ensino Fundamental
408 docentes
Nº de Docentes no Ensino Médio
93 docentes

ITACURUBA:
População: 4.097 hab. – Área da Unidade Territorial: 430 km².
Ensino – Matrículas, Docentes e Rede Escolar/ 2006.
Total Matrículas do Ensino Fundamental
1.353 estudantes
Matrículas na Escola Pública Estadual
0
Matrículas Escola Pública Federal
0
Matrículas Escola Pública Municipal
1.353 estudantes
Matrículas na Escola Privada
0
Total Matrículas do Ensino Médio
339 estudantes
Matrículas na Rede Pública Estadual
339 estudantes
Matrículas na Rede Privada
0
Nº de Docentes no Ensino Fundamental
54 docentes
Nº de Docentes no Ensino Médio
14 docentes

SALGUEIRO:
População: 53.167 hab. – Área da Unidade Territorial: 1.639 km².
Ensino – Matrículas, Docentes e Rede Escolar/ 2006.
Total Matrículas do Ensino Fundamental
11.571 estudantes
Matrículas na Escola Pública Estadual
5.934 estudantes
Matrículas Escola Pública Federal
0
Matrículas Escola Pública Municipal
4.106 estudantes
Matrículas na Escola Privada
1.531 estudantes
Total Matrículas do Ensino Médio
2.907 estudantes
Matrículas na Rede Pública Estadual
2.560 estudantes
Matrículas na Rede Privada
347 estudantes
Nº de Docentes no Ensino Fundamental
505 docentes
Nº de Docentes no Ensino Médio
138 docentes

FLORESTA:
População: 26.648 hab. – Área da Unidade Territorial: 3.644 km².
Ensino – Matrículas, Docentes e Rede Escolar/ 2006.
Total Matrículas do Ensino Fundamental
6.111 estudantes
Matrículas na Escola Pública Estadual
1.922 estudantes
Matrículas Escola Pública Federal
0
Matrículas Escola Pública Municipal
3.788 estudantes
Matrículas na Escola Privada
401 estudantes
Total Matrículas do Ensino Médio
1.901 estudantes
Matrículas na Rede Pública Estadual
1.823 estudantes
Matrículas na Rede Privada
78 estudantes
Nº de Docentes no Ensino Fundamental
347 docentes
Nº de Docentes no Ensino Médio
126 docentes


JATOBÁ:
População: 13.797 hab. – Área da Unidade Territorial: 278 km².
Ensino – Matrículas, Docentes e Rede Escolar/ 2006.
Matrículas no Ensino Fundamental
3.033 estudantes
Matrículas no Ensino Médio
1.094 estudantes
Nº de Docentes no Ens. Fundamental
150 docentes
Nº de Docentes no Ens. Médio
60 docentes

BELÉM DE SÃO FRANCISCO:
População: 20.545 hab. – Área da Unidade Territorial: 1.831 km².
Ensino – Matrículas, Docentes e Rede Escolar/ 2006.
Total Matrículas do Ensino Fundamental
4.382 estudantes
Matrículas na Escola Pública Estadual
772 estudantes
Matrículas Escola Pública Federal
0
Matrículas Escola Pública Municipal
3.365 estudantes
Matrículas na Escola Privada
245 estudantes
Total Matrículas do Ensino Médio
1.635 estudantes
Matrículas na Rede Pública Estadual
1.607 estudantes
Matrículas na Rede Privada
28 estudantes
Nº de Docentes no Ensino Fundamental
265 docentes
Nº de Docentes no Ensino Médio
74 docentes


9. BARRAGEM DE ITAPARICA
Com a construção da barragem de Itaparica (PE/BA – potencial hidrelétrico: 2.500 MW) cerca de 5.800 famílias de agricultores foram transferidas para agrovilas, em glebas na caatinga. Os projetos abaixo são de reassentamentos que a CHESF (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) foi obrigada a prover as condições necessárias à instalação de uma vida digna para estas famílias:

Santa Maria da Boa Vista
Projeto Caraíba
Orocó - PE
Projeto Brígida
Itacuruba - PE
Projeto Itacuruba
Petrolândia - PE
Projeto Apolônio Sales
Curaçá - BA
Projeto Pedra Branca
Glória - BA
Projeto Borda da Lagoa
Chorochos/Terachil
Piscigranjas
Glória - BA
Jusante
Rodelas - BA
Itacoatiara
Petrolândia - PE
Bloco 2

v Projetos como o Itacoatiara (Rodelas /BA), Jusante ( Glória BA), e BLOCO 2 (Petrolândia /PE); são os que tem apresentado maior demora na conclusão das obras de beneficiamento da região.

Até hoje representantes do Pólo Sindical dos Trabalhadores Rurais do Submédio do São Francisco lutam por melhorias na região, afetada pela construção da barragem de Itaparica e formação do seu lago. Esta construção foi uma ação promovida pela CODEVASF (Companhia de desenvolvimento do Vale do São Francisco) e iniciativas privadas.
Em reunião em setembro de 2005 com o presidente, à época, da CODEVASF, Francisco Guedes, foi reivindicada a devida assistência técnica aos projetos irrigados e a transferência de sua gestão para os reassentados. A luta dos trabalhadores do Pólo é histórica, começou em 1986 quando tiveram que se deslocar para agrovilas já que a área que ocupavam havia sido coberta com a inundação do lago de Itaparica. A partir daí, o Estado garantiu que as mesmas condições de vida que a população tinha antes seriam mantidas. E para tanto, na data de 06 de dezembro de 1986 foi garantido aos reassentados, a formação de um reassentamento irrigado para as cerca de 6.000 famílias de trabalhadores e trabalhadoras da Bahia e de Pernambuco, que estavam passando por todo este processo.
Foi o primeiro projeto financiado pelo Banco Mundial, em todo o mundo, que gerou ao invés de indenizações em dinheiro o reassentamento para as famílias. Infelizmente 20 anos após, esses projetos ainda se arrastam.
Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, foi criado o GERPI (Grupo Executivo para Conclusão do Projeto Itaparica) que instituiu o programa de compensação financeira. Na época o Pólo Sindical utilizou-se de estratégias para que trabalhadores e trabalhadoras não aderissem à proposta, mas um número acima de mil reassentados e reassentadas fez adesão. O que é indicado como um fator de miséria, desemprego e aumento da miséria na região, segundo o Pólo sindical, pois deste dinheiro pouco pode ser feito.
Porém segundo reportagem de 2006, o término para as obras estava previsto para abril/2007, entretanto até aquele momento apenas o que havia sido concluído era a abertura das licitações para compra do material elétrico e de irrigação (Boletim PTRD KOINONIA, 2006)
[1].
Após pesquisas feitas em dois assentamentos (Brejinho de Fora – próximo a Petrolândia,PE, e Fazenda Canafístula – próxima a cidade Delmiro Gouveia, AL), pesquisadoras da FUNDAJ, concluíram que a renda família, no primeiro reassentamento, ficava em torno de dois salários mínimos na época. Sendo que aproximadamente metade da renda nos assentamentos provinha de aposentadorias e pensões. A produção agrícola era basicamente voltada ao consumo familiar; eram plantados basicamente milho, mandioca e feijão, mais algumas fruteiras como banana, melancia, coco. As vendas de verduras ou frutas nas feiras são feitas eventualmente. O criatório de animais também dá-se de forma bem resumida, numa média de menos de meia dúzia de animais por família.
A maioria dos serviços, saúde, educação, abastecimento da casa em utensílios e alimentos complementares são feitos na cidade de Petrolândia, no caso de Brejinho de Fora. A facilidade encontrada quanto a transporte na comunidade de Brejinho, não há em Fazenda Canafístula, as vezes é preciso ir a cidade mais próxima, de moto ou a cavalo, ou fretar, na localidade mais aproximada, um carro, esta é a medida mais apropriada se for o caso de haver um doente, ou alguém que um deseje ou não possa se aventurar em caminhadas, ou nos outros meios citados. A situação do ensino nesta comunidade também é precária; a escola construída durante o processo de reassentamento, como parte do compromisso da CHESF, atende apenas crianças do 1º grau menor, conta com 3 professoras, à época, e recebiam 1 salário mínimo. O abastecimento de água nas duas comunidades é ponto de crítica dos moradores devido a distribuição, as quebras freqüentes nas bombas, e o tratamento da água. “Segundo afirmam, há uma enorme diferença entre a qualidade da água que abastecia antes as moradias e a que, hoje, lhes é oferecida. Lá, elas possuíam “fontes” de abundantes e saudável”. (RAT, pág. 22).

10. CESVASF: CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO SÃO FRANCISCO – BREVE HISTÓRICO

No ano 1971, o Sr. Alípio Lustosa de Carvalho juntou-se a alguns professores e autoridades de Belém do São Francisco para articularem a possibilidade de se fundar uma faculdade. Foi colocado à disposição o prédio da antiga Escola Normal N. Sra. do Patrocínio, em horário noturno, para funcionamento da instituição idealizada. Em novembro de 1975, através da Lei nº 04/75, publicada no D.O. de 13 de novembro de 1975, foi instituída a Autarquia Municipal Faculdade de Formação de Professores de Belém do São do São Francisco (FAFORBE).
Os cursos da FAFORBE foram reconhecidos em 04 de setembro de 1984, através de Portaria Ministerial nº 377, publicada no Diário oficial da União, em 13 de setembro de 1984. No mesmo ano, em dezembro a Autarquia passou a ser denominada de Autarquia Belemita de Cultura, Desportos e Educação - ABCDE, e a FAFORBE passou a ser denominada pelo nome que conhecemos até hoje, Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco - CESVASF. A plenificação de seus cursos se deu no ano seguinte, através da portaria ministerial 222, de 20 de março de 1985; e o que era o curso de Ciências Sociais foi desmembrado em História e Geografia; porém o reconhecimento destes só foi obtido em 1991. Em fevereiro de 1994, foi autorizado mais um curso, desta vez o de Ciências, com Habilitação em Matemática, reconhecido em 10 de maio de 2001.
Desde 2000, o CESVASF começou a oferecer cursos de Pós-Graduação "Latu Senso" nas áreas de História, Letras e Geografia, todos autorizados pelo Conselho Estadual de Pernambuco. Em 2003, os cursos de pós-graduação foram ampliados, coma criação dos cursos de Geografia do Turismo, História Contemporânea, Técnicas Educacionais, Educação Matemática e Educação Ambiental.
Em 2007 foram instituídos mais dois cursos de graduação, Biologia e Física e, na pós-graduação, as especializações em Ensino de Língua Inglesa e em História e Cultura Afro-brasileira e Indígena. Hoje o CESVASF com 32 anos, vem assim, alargando seu campo de atuação e desenvolvendo um trabalho reconhecido pelos órgãos educacionais e pela comunidade da região, a qual é também diretamente beneficiada pelas atividades de extensão desenvolvidas por esta Instituição de Ensino Superior.


11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

· Boletim do Programa Trabalhadores Rurais e Direitos KOINONIA – Ano I – nº 0 / 2006.
· Especial Rio São Francisco (continuação 4) 26/10/2004.
http://www.ana.gov.br/
· LEITE, Marlindo Pires. Belém: uma cidade no Vale do São Francisco / Marlindo Pires Leite, Maria Estelita Lustosa Roriz. Maria Auxiliadora Lustosa Coelho; prefácio de Edson Lustosa Cantarelli. – Recife: CEPE, 1993.
· LIMA, Ana Elisa V.; GALINDO, Magda Caldas. Projeto Itaparica: avaliação do reassentamento rural (4º Relatório de Acompanhamento Trimestral – RAT). FUNDAJ, 1995.
· SILVA, Severino Vicente da. Mergulhados na saudade das cidades mergulhadas nas águas do Lago de Itaparica. IN:
www.ufpe.br/historia/artigo4rev1




[1] Associação sem fins lucrativos, formada por pessoas de igrejas cristãs e de outras expressões de fé, além de líderes do movimento social. Tem como princípio fundamental o compromisso com o ecumenismo e a democracia tendo em vista a luta em favor da cidadania, contra toda forma de exclusão humana.




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