domingo, 30 de novembro de 2014

Manoel de Carvalho Alves - CANABRAVA



Presume-se que o nome Belém tenha sido uma homenagem à Nossa Senhora de Belém, imagem venerada na igrejinha da antiga aldeia da ilha do Araxá (hoje, Ilha da Missão). Atualmente, não existe mais a igrejinha, pois desabou na grande cheia do rio São Francisco, em 1792, ficando só os escombros.
O surgimento da cidade vem de meados do século XVIII, com o estabelecimento da Fazenda Canabrava, pertencente à “Casa da Torre”.
“A Casa da Torre que conseguira,“com tinta e papel”, grandes áreas de terra na Bahia e mais tarde estendera seus domínios para as margens do Rio São Francisco onde criara os currais de fora na margem esquerda e os currais de dentro na margem direita do caudoloso rio.
Não lhe sendo possível administrar toda a imensa área que recebera, a famosa Casa da Torre achou conveniente ir arrendando as terras aos que se dispunham explorá-las”.
Não existe uma versão oficial para a denominação da Fazenda Canabrava. Acham os mais velhos que o motivo da escolha do nome é que havia na região ribeirinha do São Francisco uma planta silvestre chamada cana-brava, dominando a paisagem.
Em 1793, essas terras foram arrendadas da “Casa da Torre” de Garcia d’Ávila, pelo casal Manoel de carvalho Alves (português), e D. Inácia Maria da Conceição. “A fazenda se estendia por uns 15 quilômetros na margem do rio São Francisco e, dentro de sua área, no começo do século XIX, um neto de Manoel de Carvalho Alves, Antônio de Sá Araújo, fundara uma outra fazenda distante uns 6 quilômetros da sede da primitiva fazenda Canabarava.
A localização da Fazenda de Antônio de Sá Araújo era mais estratégica, para a navegação no rio São Francisco. Enquanto a sede da fazenda Canabrava situava-se às margens de um braço do rio que, secava em certas épocas do ano”. dificultando a aportagem de embarcações.
“Seguindo os costumes da época, o proprietário da fazenda doou uma certa área de terra que constituiria o patrimônio necessário à freguesia que seria criada. Várias casas foram sendo construídas, principalmente pelos parentes do fazendeiro e não demorou a ser organizada uma feira semanal.
Em 12 de outubro de 1885, o povoado passou à freguesia pela Lei provincial nº 1835 e pela Lei Estadual nº 553, de 13 de junho de 1902, passou à categoria de vila, com o nome de Belém. Em 07 de maio de 1903, foi elevada à categoria de cidade, pela Lei Estadual nº 587, com o nome de Belém de Cabrobó e inaugurado como sede do município a 23 de maio do mesmo ano, permanecendo com este nome até 1928. Mas, posteriormente, volta a ter o nome de Belém, até 1943, quando passou a se denominar Jatinã.
O nome Jatinã foi dado a Belém, por força de um decreto lei, na época da ditadura de Getúlio Vargas, quando ficou proibido haver, no Brasil, duas cidades com o mesmo nome. Como já existia Belém do Pará, tivemos que escolher outro nome para nossa cidade. Foi enviada uma lista tríplice a Mário Melo, na época, diretor do Instituto Histórico e Geográfico de Pernambuco, e ele escolheu o nome JATINÃ, por sua preferência a nomes indígenas.
Em 1953, voltou a receber o nome de Belém, acrescido da expressão “do São Francisco”, (Belém do São Francisco), o que permanece até hoje.
Postado por lano pires às 12:22 http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif

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