As
ruínas de Guajirú Um pouco da história e do início da povoação do Rio
Grande do Norte, hoje está transformado em ruínas e em total abandono,
no município de Extremoz, e às margens de uma bela lagoa, E tudo menos
de trinta quilômetros de Natal. As ruínas do sítio da Igreja de São
Miguel, agora, são testemunhas da grande importância que a catequese
jesuíta teve, com as suas missões, para o período de colonização
portuguesa brasileira, especialmente no litoral do Rio Grande do Norte.
Qualquer pessoa que tenha compromisso com a história lamenta o descaso e o abandono em que foi relegada pelo poder público e pela Igreja uma das mais importantes obras da arquitetura colonial. No sítio, o que chama mais a atenção é o que restou da igreja que, se conservada, poderia ser considerada como o mais belo templo do período colonial, obedecendo a um estilo barroco que se convencionou chamar de jesuítico, numa imponência distribuída em 16 metros de altura por 13 metros e meio de largura.
Segundo o pesquisador e mestre da cultura potiguar, Luiz da Câmara Cascudo, que passou 10 dias visitando as ruínas, as paredes tinham 80 centímetros, resistiam como muralhas estendendo-se em 30 metros de comprimento, 20 a nave, quatro a capela mor e seis a sacristia. As paredes não tinham alicerces. Mergulhavam 1,80 metros pela terra abaixo, e se alinhavam, diretas e soberbas, como provindo das profundezas. Os blocos de pedras, com sinais de ostra indicavam que tinham vindo do litoral.
E relata Cascudo "Toda a igreja era um primor de pedras trabalhadas, obras de canteiros portugueses, pedra-lioz, granulação fina, cinzenta, clara e branca. Ombreiras, limiar, arcos, revestimentos, tudo provinha de Lisboa, pronto, medido, previsto, calculado". Dentro da igreja era o cemitério. Quando em 1909, arrancaram o assoalho viram os túmulos, iguais, padronizados, todos com os sete palmos clássicos. Não cabendo o defunto no seu último leito, serravam-lhe as tíbias. A cruz que presidia a crimalha do frontão é o atual cruzeiro. As três portas da velha igreja, especialmente a principal, eram de pau d'arco e as janelas, adaptadas, são hoje as portas da igreja nova.
A presença da missão jesuíta na localidade de Guajirú, hoje Extremoz ocorreu no período de 1603 a 1759. A terra foi concedida pelo governo português, através do capitão-mor Jerônimo de Albuquerque. E educaram os tupis-potiguares e janduís paiacus Entre os primeiros jesuítas enviados para a Missão estava o padre Gaspar de Samperes, arquiteto e que projetou o forte dos Reis Magos e a igreja de São Miguel, a que hoje se encontra em ruínas.
Em 1689, o colonizador português promoveu uma matança de índios e o famoso Domingos Jorge Velho esteve presente e ordenou o sacrifício de 2.063 indígenas. Os jesuítas protestaram e daí começou o processo de sua expulsão da aldeia de Guajirú.
Para se chegar às ruínas do Guajirú, basta enfrentar a rodovia que liga Natal a Extremoz. Há também uma estrada asfaltada partindo da praia de Genipabu. O sítio histórico está localizado quase no centro da cidade. A viagem permite também uma bela visão da lagoa de Extremoz e de se conhecer o grude, tradicional petisco da cidade, fabricado artesanalmente a base de goma, coco e sal, em forminhas que vão ao fogo no forno de lenha. E para os mais despojados e aventureiros, nada melhor do que ir de trem, numa viagem de paisagens bucólicas, mostrando o interior de Natal que não é mostrado ao turista e a realidade que o nativo enfrenta para se locomover da periferia para o seu trabalho.
Qualquer pessoa que tenha compromisso com a história lamenta o descaso e o abandono em que foi relegada pelo poder público e pela Igreja uma das mais importantes obras da arquitetura colonial. No sítio, o que chama mais a atenção é o que restou da igreja que, se conservada, poderia ser considerada como o mais belo templo do período colonial, obedecendo a um estilo barroco que se convencionou chamar de jesuítico, numa imponência distribuída em 16 metros de altura por 13 metros e meio de largura.
Segundo o pesquisador e mestre da cultura potiguar, Luiz da Câmara Cascudo, que passou 10 dias visitando as ruínas, as paredes tinham 80 centímetros, resistiam como muralhas estendendo-se em 30 metros de comprimento, 20 a nave, quatro a capela mor e seis a sacristia. As paredes não tinham alicerces. Mergulhavam 1,80 metros pela terra abaixo, e se alinhavam, diretas e soberbas, como provindo das profundezas. Os blocos de pedras, com sinais de ostra indicavam que tinham vindo do litoral.
E relata Cascudo "Toda a igreja era um primor de pedras trabalhadas, obras de canteiros portugueses, pedra-lioz, granulação fina, cinzenta, clara e branca. Ombreiras, limiar, arcos, revestimentos, tudo provinha de Lisboa, pronto, medido, previsto, calculado". Dentro da igreja era o cemitério. Quando em 1909, arrancaram o assoalho viram os túmulos, iguais, padronizados, todos com os sete palmos clássicos. Não cabendo o defunto no seu último leito, serravam-lhe as tíbias. A cruz que presidia a crimalha do frontão é o atual cruzeiro. As três portas da velha igreja, especialmente a principal, eram de pau d'arco e as janelas, adaptadas, são hoje as portas da igreja nova.
A presença da missão jesuíta na localidade de Guajirú, hoje Extremoz ocorreu no período de 1603 a 1759. A terra foi concedida pelo governo português, através do capitão-mor Jerônimo de Albuquerque. E educaram os tupis-potiguares e janduís paiacus Entre os primeiros jesuítas enviados para a Missão estava o padre Gaspar de Samperes, arquiteto e que projetou o forte dos Reis Magos e a igreja de São Miguel, a que hoje se encontra em ruínas.
Em 1689, o colonizador português promoveu uma matança de índios e o famoso Domingos Jorge Velho esteve presente e ordenou o sacrifício de 2.063 indígenas. Os jesuítas protestaram e daí começou o processo de sua expulsão da aldeia de Guajirú.
Para se chegar às ruínas do Guajirú, basta enfrentar a rodovia que liga Natal a Extremoz. Há também uma estrada asfaltada partindo da praia de Genipabu. O sítio histórico está localizado quase no centro da cidade. A viagem permite também uma bela visão da lagoa de Extremoz e de se conhecer o grude, tradicional petisco da cidade, fabricado artesanalmente a base de goma, coco e sal, em forminhas que vão ao fogo no forno de lenha. E para os mais despojados e aventureiros, nada melhor do que ir de trem, numa viagem de paisagens bucólicas, mostrando o interior de Natal que não é mostrado ao turista e a realidade que o nativo enfrenta para se locomover da periferia para o seu trabalho.
Olá Gileno,
Eu encontrei estes Livros de Registros de Assento do Rio Grande do Norte nos acervos do Instituto Histórico de Pernambuco (IAHGP). Julgava-se que estavam todos perdidos para sempre. Fizemos (nós – Francisco Augusto do Ceará e o João Felipe da Trindade – Rio Grande do Norte), então, a transcrição integral de todos os Livros. O João Felipe da Trindade colocou apenas alguns destes assentos no site. Seguem as informações que você deseja:
Aos 31.01.1696 nesta matriz de N. Sra. da Apresentação B. Inês f. de Domingos Carvalho (da Silva) e sua mulher Catarina de Barros. Pad. O Capitão-Mor Bernardo Vieira de Melo e sua mulher Catarina Leitão.
Aos 26.04.1697 B. Júlio f. de Domingos Carvalho (da Silva) e de Catarina de Barros. Pad. André Vieira de Melo e D. Catarina Leitão.
Em 08.06.1700, na capela da Aldeia de Guayurú, B. Maria f. de Domingos Carvalho da Silva e de Catarina de Barros. Pad. o Capitão Manoel Rodrigues Coelho e Maria Carvalho viúva.
Aos 10.08.1703, na capela de S. Miguel da Aldeia de Guayuru, B. Ana f. de Domingos Carvalho da Silva e de Catarina de Barros. Pad. o Ajudante Pedro Vieira e Ana Carvalho viúva.
Em 01 de janeiro de 1707, na Aldeia de Guyarû, B. Clemente f. de Domingos Carvalho (da Silva) e sua mulher Catarina de Barros. Pad. o Capitão Theodósio (...) de Carvalho.
Em 11 de junho de 1709, na Igreja de S. Miguel de Guajurú, B. Domingos filho de Domingos Carvalho da Silva e sua mulher Catarina de Barros. Pad. Manoel de Andrade e Felizarda Figueira da Rocha.
Em 03 de setembro de 1710, na Igreja de S. Miguel de Guajurú, B. Maria f. de Sebastião Teixeira e de Maria da Conceição. Pad. Júlio da Costa Barros e Dona Maria da Conceição, filhos de Domingos Carvalho da Silva [e sua mulher Catarina de Barros].
Júlio da Costa Barros, casou-se com uma "desconhecida Feitosa", cuja filha Ana Maria Francisca foi avó do Barão de Água Branca. O Barão de Água Branca nasceu na Boacica, terra da vó Julia, casada com Manoel Correia Filho, sobrinho do Capitão Joca. Manoel Clemente da Costa Barros acompanhou a irmã para Alagoas após seu casamento com Manoel Siqueira Torres.
Eu encontrei estes Livros de Registros de Assento do Rio Grande do Norte nos acervos do Instituto Histórico de Pernambuco (IAHGP). Julgava-se que estavam todos perdidos para sempre. Fizemos (nós – Francisco Augusto do Ceará e o João Felipe da Trindade – Rio Grande do Norte), então, a transcrição integral de todos os Livros. O João Felipe da Trindade colocou apenas alguns destes assentos no site. Seguem as informações que você deseja:
Aos 31.01.1696 nesta matriz de N. Sra. da Apresentação B. Inês f. de Domingos Carvalho (da Silva) e sua mulher Catarina de Barros. Pad. O Capitão-Mor Bernardo Vieira de Melo e sua mulher Catarina Leitão.
Aos 26.04.1697 B. Júlio f. de Domingos Carvalho (da Silva) e de Catarina de Barros. Pad. André Vieira de Melo e D. Catarina Leitão.
Em 08.06.1700, na capela da Aldeia de Guayurú, B. Maria f. de Domingos Carvalho da Silva e de Catarina de Barros. Pad. o Capitão Manoel Rodrigues Coelho e Maria Carvalho viúva.
Aos 10.08.1703, na capela de S. Miguel da Aldeia de Guayuru, B. Ana f. de Domingos Carvalho da Silva e de Catarina de Barros. Pad. o Ajudante Pedro Vieira e Ana Carvalho viúva.
Em 01 de janeiro de 1707, na Aldeia de Guyarû, B. Clemente f. de Domingos Carvalho (da Silva) e sua mulher Catarina de Barros. Pad. o Capitão Theodósio (...) de Carvalho.
Em 11 de junho de 1709, na Igreja de S. Miguel de Guajurú, B. Domingos filho de Domingos Carvalho da Silva e sua mulher Catarina de Barros. Pad. Manoel de Andrade e Felizarda Figueira da Rocha.
Em 03 de setembro de 1710, na Igreja de S. Miguel de Guajurú, B. Maria f. de Sebastião Teixeira e de Maria da Conceição. Pad. Júlio da Costa Barros e Dona Maria da Conceição, filhos de Domingos Carvalho da Silva [e sua mulher Catarina de Barros].
Júlio da Costa Barros, casou-se com uma "desconhecida Feitosa", cuja filha Ana Maria Francisca foi avó do Barão de Água Branca. O Barão de Água Branca nasceu na Boacica, terra da vó Julia, casada com Manoel Correia Filho, sobrinho do Capitão Joca. Manoel Clemente da Costa Barros acompanhou a irmã para Alagoas após seu casamento com Manoel Siqueira Torres.
Este Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista é inimigo nº l da família.
rimeiro
destruiu o Quilombo dos Palmares, matando Zumbi. As terras
remanescentes foram distribuidas a 50 famílias, entre as Quais
Carvalhos, Torres, Caldas e a Colonia Amélia (alemães da antiga Prússia)
que se casaram com ramos dos Caldas.
Depois ele enveredou pelos sertões matando mais de 2.000 índios na Guerra dos Bárbaros em Natal.
O
núcleo familiar oriundo da Casa da Torre na Bahia, voce pode ver pelo
mapa que fica na divisa de Pernambuco com a Bahia, daí o avanço dos
Currais pelo São Francisco. A concentração dos colonos portugueses na
Bahia avança pelos sertões sob o comando do malvado Bandeirante porque
os índios eram obstáculo à fixação, devido a roubos de gado e de roças.
Os índios aldeados estavam sob a proteção dos missionários, sejam
jesuitas, capuchinhos ou carmelitas e muitos deles eram inteligente,
aprendiam a ler e ingressaram nas "forças armadas".
Os
índios mais arredios não se fixavam em aldeias, eram preguiçosos e
sempre abandonavam suas moradias, embrenhando-se nas matas.
Domingos
Carvalho da Silva era compadre de Bernardo Vieira de Melo (ligado aos
movimentos de independencia em Pernambuco) daí sua arrigementação. O
compadre seguiu com o Bandeirante até a Ribeira do Ceará-Mirim,
Extremoz... daí os batizados dos filhos na Igreja de Nossa Senhora da
Apresentação em Natal.
Os
Caldas foram ligados aos Albuquerque (André) participantes ativos da
Insurreição Pernambucana onde foram levados da família de Santa
Madelana (Alagoas) inclusive foram presois e depois anistiados e
condecorados por D.Pedro I.
Minha
pesquisa nos Costa Barros chegou a Joaquim Alves Feitosa, faltando uma
ou duas Gerações para chegar em Manoel Alves Feitosa, pai da vó Julia.
Infelizmente não tenho conseguido dados no site deles, mas já contribui para sua atualização
veja
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