quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Jeronimo de Albuquerque Maranhão, um dos primeiros mestiços entre portugueses e índios

http://www.tribunadonorte.com.br/especial/histrn/hist_rn_2h.htm


Não se pode esquecer, igualmente, o desempenho de Jerônimo de Albuquerque que foi de suma importância. Filho de Jerônimo Santo Arco Verde (Ubirá - Ubi) que, por sua vez, era filha do chefe nativo Arco Verde. Mestiço, possuía sangue tupi em sua veia; corajoso e hábil, falando o idioma nativo, desfrutava de grande influência entre os habitantes de todo o Nordeste.


Biografia[editar]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jer%C3%B4nimo_de_Albuquerque_Maranh%C3%A3o

Filho do português Jerônimo de Albuquerque e da indígena pernambucana M'Uirá Ubi (Arco Verde, em português), batizada com o nome de Maria do Espírito Santo Arcoverde, filha do cacique Uirá Ubi, Jerônimo de Albuquerque Maranhão notabilizou-se nas lutas travadas contra os franceses, na Região Nordeste do Brasil.
Sua primeira atuação destacada ocorreu quando, à frente de uma companhia que lhe foi entregue pelo Capitão-mor de Pernambuco, Manuel Mascarenhas Homem, empreendeu a reconquista da Capitania do Rio Grande (atual estado brasileiro do Rio Grande do Norte) - que fora invadida pelos franceses - onde ele viria a fundar a cidade de Natal (1599). Por conta desse feito, foi-lhe atribuído o título de fidalgo.
Em 9 de janeiro de 1603, foi nomeado Capitão-mor do Rio Grande, em substituição a João Rodrigues Colaço, que o antecedera no cargo. No ano seguinte, concedeu uma sesmaria de 5.000 braças em quadra, aos seus filhos Matias e Antônio de Albuquerque 1 , em cujas terras logo foi instalado o engenho de cana de Cunhaú, que se tornaria o mais importante núcleo econômico da Capitania.
Em 17 de junho de 1614, foi nomeado "capitão da conquista do Maranhão", região que então se achava sob o domínio dos franceses, que nela haviam erigido o forte São Luís 2 e instalado uma colônia - a França Equinocial.

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A meus amigos portugueses que tem sua presença pujante e altaneira muito ajudaram e ainda poderão ajudar a grandeza do Estado do Maranhão, na pessoa do ilustre mameluco Jerônimo de Albuquerque Maranhão, filho do português Jerônimo de Albuquerque e da índia tabajara Muíra Ubi Arcoverde, pela vitória estrondosa de Guaxenduba, reconhecida como Jornada Milagrosa, quando expulsou os piratas franceses, obrigando-os a assinar a retirada definitiva, assinatura esta que se constituiu verdadeiramente como Certidão de idade da Província, depois Estado do Maranhão.
Mons, Hélio Maranhão.
Major QOCPM – Capelão chefe do SAR/PMMA

Assim como Albuquerque surgiram da Família Menezes, o Maranhão nasceram dentro da família Albuquerque, afirma o historiador Paulo Frederico Lobo Maranhão, em sua recente obra genealógica – A Família Maranhão, do Cunhaú a Matary – Recife- Unigraf Editora – 2002.
Jerônimo de Albuquerque Maranhão nasceu em Olinda-Pernanbuco, provavelmente em 1548, tendo falecido em 1618, com seus setenta anos muito bem vividos> O historiado Olavo Medeiros Filho encontrou, no piso da Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú, uma lapide, com os seguintes dizeres quase ilegíveis “Aqui jaz o Fundador Jerônimo de Albuquerque Maranhão”. Está, pois, encerrada a polêmica. Ele morreu e seu corpo foi sepultado no Engenho Cunhaú, no Rio Grande do Norte. E, quando morreu, Jerônimo era um homem de reconhecidos méritos. Militar, muitas vezes vitorioso, expulsou os piratas franceses da Paraíba, do Rio Grande do Norte, de Pernambuco e, sobretudo, do Maranhão. Constituiu a primeira geração de pernambucanos natos. Carregava nas veias o sangue fidalgo dos Albuquerque e do Cacique Arcoverde. Como neto do Cacique aprendeu a língua tupi, assimilou a cultura e os costumes indígenas. Em Olinda, na casa dos pais, conviveu com os brancos, estudou no Colégio dos Padres Jesuítas, desfrutando esmerada educação. Assim pôde com os outros pernambucanos irradiar sua ação, em beneficio das demais Capitanias do Norte e, a partir do maranhão, ajudou formar uma Pátria única, com um único Governo Central, falando a mesma língua portuguesa e professando a mesma Religião Católica, Apostólica, Romana.
O português Jerônimo de Albuquerque, pai do mameluco, chegou a Pernambuco com vinte e um anos (1531). Por sua linhagem, formou com a irmã Beatriz de Albuquerque as mais ilustres figuras da Capitania. Foi ele um dos vultos mais notáveis do Período Colonial, com relevantes serviços prestados à Coroa. Jerônimo de Albuquerque, intrépido e corajoso, carregava nas veias o sangue de guerreiro, herdado de seus antepassados. Foi ele o braço direito de seu cunhado, na conquista do solo pernambucano e foi um dos responsáveis pela instalação do primeiro Engenho de açúcar de Pernambuco. O senso de responsabilidade para com a família trouxe, para sua terra a ser desbravado, um jovem rico, nobre, filho de uma das mais prestigiadas famílias portuguesa internou-se aqui, numa terra selvagem, desconhecida, cheia de perigo, habitada por índios antropófagos, infectada de animais selvagens e de insetos daninhos.
Nos primeiros anos, o Donatário Duarte Coelho, na luta contra os Caetés, pela posse de Olinda, foi flechado na perna, aleijando-se. Daí o apelido de – o Coxo, como ficou conhecido até à morte. Jerônimo, o português, numa das refregas com os tabajaras, foi flechado no olho esquerdo e ficou cego, o que lhe valeu o apelido de – o Torto. Este incidente mudou o curso da História de Pernambuco, pois os índios não sacrificavam imediatamente os prisioneiros, apanhados com armas nas mãos nem os feridos. Se não, eram reconduzidos de volta para serem canibalizados, segundo o ritual da tribo. Acreditavam eles que comendo a carnes dos valentes guerreiros, assimilariam as suas virtudes. Não praticavam a antropofagia com prisioneiros covardes. A Jerônimo de Albuquerque, valente guerreiro, deram lhe um tratamento especial. E, obedecendo aos costumes tribais, o prisioneiro aguardava o dia do seu sacrifício, sendo cuidadas pelas mais belas índias da tribo. E entre as índias, para o conforto do prisioneiro, encontrava-se a jovem princesa Muíra Ubi, filha do Cacique Arcoverde. As índias tabajaras tinham bela aparência, o que muito agradava aos portugueses. A princesa tabajara Muíra Ubi tinha estatura baixa, mas era tida como a mais bonita tabajara. Ver e amar Jerônimo de Albuquerque foi questão de pouco tempo. Chegado o dia do sacrifício, apaixonada pelo caraíba, Muíra Ubi pediu ao pai para salvar aquele com quem seria se casar e depois, de fato, se casou, no ritual tabajara. Ao atender a filha do Cacique Arcoverde fez pacto de amizade com os portugueses. Este não foi um fato isolado, pois, na história do Brasil, as índias Bartira e Paraguaçu casaram-se com os europeus João Ramalho no Rio de Janeiro e Diogo Álvares, o Caramuru, na Bahia.

O maior título Jerônimo de Albuquerque Maranhão foi reconhecido do Rei Dom Filipe que, por seus méritos militares lhe concedeu acrescentar ao seu nomeou agnome Maranhão. Depois da Jornada Milagrosa de Guaxenduba que foi reconhecimento da vitória sobre os piratas franceses, na assinatura do armistício, ele assinou, naquele instante, Jerônimo de Albuquerque MARANHÃO, acrescentando a seu nome o nome da Província conquistada. E disse que o fazia “para perpetuar entre seus descendentes o seu grande feito militar”. Jerônimo colocou sua vida e seu patrimônio à disposição do Brasil que dava então os seus primeiros passos. Termino com as palavras do historiador Pereira da Costa: “Só um Plutarco poderia descrever a vida e os gloriosos feitos deste ilustre pernambucano. Seus inimigos lhe reconheceram a nobreza e a generosidade. Daniel da LaTouche, Senhor de La Ravardière reconheceu o peso de suas armas e se viu forçado a retirada do Maranhão, comparou sua clemência e seu cavalheirismo com grande Affonso de Albuquerque, o Vice-Rei das Índias, um de seus mais ilustres ascendentes. A gloria deste herói que orgulha e enobrece o nome pernambucano, é a gloria dessa Província à qual legou seu restos mortais”. Constituída a Província do Maranhão em 1621, foi seu primeiro Governador, seu bisneto, Francisco Moura de Albuquerque.

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